Isenção do IR Pode Gerar Déficit? Tributacão dos Mais Ricos Não Basta, Diz Especialista

Economista Luciano Costa alerta para possíveis impactos da reforma tributária e o risco de desequilíbrio nas contas públicas.

Reforma Tributária em Xeque: Será que a Nova Política Fiscal Pode Desestabilizar a Economia?

A proposta de reforma tributária que amplia a isenção do Imposto de Renda pode ter um efeito colateral preocupante: um desequilíbrio nas contas públicas. De acordo com Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, tributar apenas os mais ricos pode não ser suficiente para compensar a perda de arrecadação.

O Impacto da Isenção do IR

O governo propõe ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para benefíciar trabalhadores de baixa e média renda. No entanto, essa mudança pode reduzir significativamente a arrecadação federal. Segundo estimativas, a nova isenção pode gerar um impacto bilionário no orçamento, exigindo novas fontes de receita para manter o equilíbrio fiscal.

“A ideia de aliviar a carga tributária dos menos favorecidos é positiva, mas a estratégia de compensar com tributação sobre os mais ricos pode não ser suficiente para equilibrar as contas”, explica Luciano Costa.

Tributação dos Mais Ricos: Uma Solução Parcial?

Para compensar a isenção, o governo pretende aumentar a tributação sobre patrimônio e rendimentos de altos ganhos. Entre as medidas estão o aumento do imposto sobre dividendos e a criação de alíquotas progressivas para grandes fortunas.

No entanto, especialistas alertam para desafios nessa abordagem. Muitos investidores e grandes fortunas utilizam mecanismos legais para otimizar sua carga tributária, como aplicações em fundos exclusivos e planejamento fiscal internacional. “A tributação progressiva sobre os mais ricos tende a ser limitada em eficiência, pois essas pessoas têm meios de reestruturar seus investimentos para minimizar impostos”, afirma Costa.

Possíveis Consequências para a Economia

Caso a arrecadação não seja suficiente, o governo pode ser forçado a buscar outras alternativas, como aumento de tributos indiretos ou revisão de gastos públicos. Isso poderia afetar o consumo, a geração de empregos e a previsibilidade do mercado.

“Se a carga tributária não for bem distribuída, corremos o risco de impactar investimentos e a confiança dos empresários, freando o crescimento econômico”, pontua Costa.

Caminhos para um Equilíbrio Sustentável

Para evitar distorções, economistas sugerem um modelo de tributação mais amplo, incluindo revisão de incentivos fiscais e combate à evasão. Outra alternativa seria a reestruturação da carga tributária sobre o consumo, reduzindo impostos regressivos que penalizam a população de menor renda.

“A solução precisa ser mais holística, combinando justiça tributária com um sistema eficiente que não desestimule investimentos”, conclui o especialista.

A discussão sobre a reforma tributária segue em pauta, com impactos diretos para contribuintes, empresários e investidores. O desfecho desse debate será decisivo para o futuro econômico do país.

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